sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TIPOLOGIA TEXTUAL - NARRAÇÃO

Ao escrever, o indivíduo pode ter diante de si a necessidade de produzir uma narrativa, fazer uma descrição, uma dissertação ou um texto injuntivo. Como proceder?

A NARRATIVA
        Pode constituir-se de diferentes maneiras: piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula e outros. É todo texto que expõe um relato, uma sequência de ações. É discorrer sobre fatos. Contar. Deve conter os seguintes elementos.

ELEMENTOS BÁSICOS DA NARRATIVA:
  • Fato - o que se vai narrar (O quê?)
  • Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
  • Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
  • Personagem - quem participou ou observou ocorrido (Quem?)
  • Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
  • Modo - como se deveu o fato (Como?)
  • Consequência (Geralmente provoca determinado desfecho)
Segue abaixo alguns textos narrativos para sua apreciação.

1º Texto: O ACIDENTE
Em uma noite chuvosa, dois carros se chocam em uma estrada. Um pertencia a um advogado, outro a um médico. Ao sair de seu automóvel, o médico, preocupado, se dirige ao carro do advogado e pergunta se ele está ferido, examina-o brevemente e constata não haver nada de grave. Só então os dois passam a verificar o estado dos carros e como se deu a batida.
Chegam à conclusão de que não havia como escapar do acidente na situação em que tinha acontecido: a estrada estava molhada, escura e mal sinalizada. Como, toda via, o advogado já tinha ligado para a polícia rodoviária, resolveram ficar esperando enquanto a viatura não chegava, para avisar aos policiais que cada um ia assumir seus prejuízos.
Conversa vai, conversa vem, o advogado vai ficando íntimo do médico e até lhe oferece uísque. O médico aceita, bebe três goles longos e pergunta:
- E você, amigo não vai beber?
O advogado responde:
- Só depois que a polícia chegar.

Adaptado de http://www.portalimpacto.com.br/docs/01JoanaF3VestAula25.pdf.  texto extraído dia 12/01/2010.

2º Texto: Conversinha Mineira

- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
- Sei dizer não senhor: não tomo café.
- Você é dono do café, não sabe dizer?
- Ninguém tem reclamado dele não senhor?
- Então me dá café com leite, pão e manteiga.
- Café com leite só se for sem leite,
- Não tem leite?
- Hoje, não senhor.
- Por que hoje não?
- Porque hoje o leiteiro não veio.
- Ontem ele veio?
- Ontem não.
- Quanto é que ele vem?
- Tem dia certo não senhor. Ás vezes vem, ás vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.
- Mas ali fora está escrito "Leiteria"!
- Ah, isso está, sim senhor.
- Quando é que tem leite?
- Quando o leiteiro vem.
- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feito a coalhada?
- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?
- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
- E há quanto tempo o senhor mora aqui?
- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.
- Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
- Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
- Para que Partido?
- Para todos os Partidos, parece.
- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição por aqui.
- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que é outro. Nessa mexida...
- E o Prefeito?
- Que é que tem o Prefeito?
- Que tal o Prefeito daqui?
- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
- Você, certamente, já tem candidato.
- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
-Aonde , ali? Ué, gente: penduraram ai...

SABINO, Fernando. A Mulher do Vizinho. Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1962. pp 144.




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EU AMO ENSINAR

scraps e mensagens
Somos todos iguais: temos a mesma carne, respiramos o mesmo ar.
Circunstancialmente, alguém sabe mais sobre determinado assunto, mas, assim que ensina e o outro aprende, o saber já se torna um bem comum.
Assim a vida vai irrigando terrenos ingênuos, de onde brotarão mais saberes.
As pessoas são como veículos, que tanto podem ser dirigidos por bons quanto por maus motoristas existenciais.
Ainda bem que alguns desses motoristas estão sempre dispostos a aprender novos caminhos.
Conscientes, vivem a Integração Relacional na sua plenitude.
Criativos, descobrem novas receitas para rotineiras comidas.
Responsáveis, praticam os projetos, porque tudo que começa tem um meio e atinge seu fim.
Afetivos, vibram com as aventuras e descobertas dos alunos, alimentando a auto-estima de todos.
Sensíveis, permitem que suas lágrimas se misturem às que escorrem dos olhos deles.
Generosos, ensinam os caminhos percorridos com mais amor.
Eternos aprendizes, sabem que, quanto mais estudam, mais seus alunos aprendem.
E, assim, esse sábios professores transformam o saber em sabor e alegria de viver.
Içami Tiba




EU AMO TODOS OS ANJINHOS